segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Dor



 

Me dói o coração indiferença

 Na sua ausência. 

É como o fogo

 Queimando a pele

 Como a espada

 Cortando a alma

De uma dor fina e aguda 


Que não termina nunca.

 São sobras

 de Tanta  amor Que possuo. 

Sobras de você,

 Do seu tempo

 E do seu mundo.

 E eu erro nas horas 

Me pergunto

 O que devo fazer

 E me digo

 Que não há nada 

Mais estranho, Mais bonito E mais ridículo

 Que o coração 

De uma mulher apaixonada.

Letícia Thompson

sábado, 11 de outubro de 2008

Homenagem ao Professor

06315m_03.gif picture by Lilith_RJ2

As bolas de papel na cabeça,
Os inúmeros diários para se corrigir,
As críticas, as noites mal dormidas...
Tudo isso não foi o suficiente
Para te fazer desistir do teu maior sonho:
Tornar possíveis os sonhos do mundo.
Que bom que esta tua vocação
Tem despertado a vocação de muitos.
Parece injusto desejar-te um feliz dia dos professores,
Quando em seu dia-a-dia
Tantas dificuldades acontecem.
A rotina é dura, mas você ainda persiste.
Teu mundo é alegre, pois você
Consegue olhar os olhos de todos os outros
E fazê-los felizes também.
Você é feliz, pois na tua matemática de vida,
Dividir é sempre a melhor solução.
Você é grande e nobre, pois o seu ofício árduo lapida
O teu coração a cada dia,
Dando-te tanto prazer em ensinar.
Homenagens, frases poéticas,
Certamente farão parte do seu dia a dia,
E quero de forma especial, relembrar
A pessoa maravilhosa que você é
E a importância daquilo do seu ofício.
É por isto que você merece esta homenagem
Hoje e sempre, por aquilo que você é
E por aquilo que você faz.
Felicidades!!!
06315m_03.gif picture by Lilith_RJ2
AGUIASONHADORAMIMO1.gif picture by inalda-cavalari

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Nuno e Pamela...

No Jardim de Valhala





Conta a lenda que na morada do Criador existe um imenso jardim, chamado de Jardim de Valhala. Neste jardim, onde o tempo não vigora, e um minuto e a eternidade convivem no mesmo momento, ficam os espíritos bons, escolhidos pelo Altíssimo, aguardando a hora de serem enviados à Terra para cumprirem sua missão.
No Jardim de Valhala dois espíritos, um chamado Danjar e outro chamado Kandata, ficaram por tempos e tempos, surgindo um amor profundo entre ambos. Um amor puro, fraternal, que os unia com uma força superior à própria força do amor.

Danjar e Kandata estavam sempre juntos. Um era a alegria do outro, e, por um fenômeno que o mero conhecimento humano não explica, um brilho descomunal reluzia sobre os dois quando estavam lado a lado. A alegria que os dois espalhavam contagiava os demais espíritos e os dois transformaram-se na essência do jardim.

Um dia, Danjar foi enviado à Terra. Kandata, à princípio, ficou muito feliz em saber que o seu inseparável companheiro tinha, finalmente, sido enviado para cumprir sua missão, porém, aquela alegria de primeiro momento foi se transformando em uma tristeza profunda.
O Jardim de Valhala, de um instante para outro passou a não ter mais sentido. Nada mais tinha sentido. Até o brilho de Kandata foi morrendo e ela passou a ser a imagem viva da dor. Os outros espíritos de tudo fizeram para que a alegria de Kandata voltasse e nada conseguiram.
A dor de Kandata era tão profunda que os outros espíritos, compadecidos de seu sofrimento, resolveram enviá-la à Terra, mesmo sem ser a hora certa, para que ela pudesse procurar e encontrar Danjar, e, se possível levá-lo de volta ao jardim.

Tomando Deus conhecimento da rebeldia de Kandata, deu-lhe um castigo: Ainda que ela estivesse na Terra, nunca encontraria Danjar, vez que ele estaria sempre em lugar diferente do dela e ela jamais poderia trazê-lo de volta ao Jardim de Valhala.
Kandata então, em um gesto desesperado, dividiu seu amor em infinitos pedaços e implantou cada pedaço em um novo espírito que viesse à Terra, pois assim, não só ela, mas centenas de espíritos procurariam por ele e algum poderia encontrar Danjar. Como cada um deles levava parte do amor dela, um dia uma parte dela estaria junto daquele que ela tanto amava.
Kandata dividiu-se e dividiu-se tanto, que dela nada mais restou senão a lembrança.
Assim, quando duas pessoas se encontram e sem qualquer explicação, um laço profundo de amor surge entre ambos, é um pedaço do amor de Kandata que encontrou na outra pessoa, um pedaço do brilho de Danjar.

( Mensagem recebida Juan Potapovas)

Que possamos todos ter um pouco de Kandata,e realmente descobrir o brilho de Danjar

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

100 Anos do aniversário de Machado de Assis...

 Joaquim Maria Machado de Assis (1839 - 1908), escritor brasileiro. Foi o fundador da Academia Brasileira de Letras, é considerado o pai do realismo no Brasil. [Biografia]

No alto

O poeta chegara ao alto da montanha,
E quando ia a descer a vertente do oeste,
Viu uma cousa estranha,
Uma figura má.

Então, volvendo o olhar ao subtil, ao celeste,
Ao gracioso Ariel, que de baixo o acompanha,
Num tom medroso e agreste
Pergunta o que será.

Como se perde no ar um som festivo e doce,
Ou bem como se fosse
Um pensamento vão,

Ariel se desfez sem lhe dar mais resposta.
Para descer a encosta 
O outro lhe deu a mão.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

A grande lição...


Olá! Depois duma crise prolongada de preguiça e enquanto vou ganhando fôlego para mais elucubrações, traduzi isto do inglês, não sei quem é o autor...que acham?

Um rapaz de 10 anos decidiu estudar Judo apesar de ter perdido o braço esquerdo num terrível acidente de viação. Começou a ter lições com um velho mestre de Judo.
Estava a aprender tudo muito bem de maneira que não conseguia perceber porque, passados três meses de treino, o mestre apenas lhe tinha ensinado um golpe. E o rapaz acabou por lhe perguntar: “Sensei, eu não devia estar a apren-der outros golpes?”
“Este é o único golpe que sabes, mas é também o único que precisas de saber” respondeu-lhe o mestre.
Sem perceber muito bem mas acreditando no mestre, o rapaz continuou a treinar. Vários meses mais tarde, o mestre levou-o ao seu primeiro torneio.
Para sua grande surpresa, o rapaz ganhou facilmente os primeiros dois combates. O terceiro revelou-se mais difícil, mas depois de algum tempo, o seu adversário ficou impaciente e atacou; o rapaz aplicou o seu golpe com destreza e ganhou o desafio.
Ainda espantado com o seu êxito, o rapaz chegou às finais. Desta vez, o seu opositor era maior, mais forte e experiente. Por um bocado, o rapaz pareceu derrotado. Com medo que o rapaz se pudesse aleijar, o árbitro declarou um empate técnico. O desafio ia acabar quando o mestre inter-veio.”Não”, insistiu, “deixem-no continuar.”
Pouco depois do recomeço do desafio o seu adversário cometeu um erro crítico: baixou a guarda. Logo o rapaz aplicou o seu golpe para o apanhar, ganhando o torneio. Era o campeão!
De volta a casa, o rapaz e o Sensei estiveram a rever cada jogada de cada desafio. Aí, o rapaz ganhou coragem para perguntar ao mestre o que lhe ia na cabeça:
“Sensei, como é que eu ganho um torneio apenas sabendo um golpe?” “Ganhaste por duas razões,” respondeu o mestre. “Primeiro, porque dominaste na perfeição um dos golpes mais difíceis do Judo. E segundo, porque a única defesa conhecida desse golpe é o adversário agarrar o teu braço esquerdo.”

A maior fraqueza do rapaz tornou-se na sua maior força!

“Por vezes sentimos que temos uma certa fraqueza e culpamos deus, as circunstâncias ou nós próprios por isso, mas esquecemos que as nossas fraquezas se podem, um dia, tornar forças. Cada um de nós é especial e importante, portanto nunca devemos pensar que temos algum ponto fra-co, devemos ignorar orgulho ou dor do mesmo modo, devemos viver a vida ao máximo e tirar dela o melhor partido possível!”

Alvaro Costa (Lisboa /PT)